BONS TEMPOS


Bons Tempos

( Caroline Silveira Betele – 8ª série 01)

Bons tempos aqueles que me faziam feliz, brincando de boneca, cozinhadinho, amarelinha, pula-corda e sempre fazendo novas roupas para as bonecas.
Aquelas amizades de que me lembro até hoje, mas poucos amigos ainda vejo. Lembro-me de como ajudava em casa nas tarefas domésticas.
Na escola, sempre bem arrumada com um caderno pequeno e lápis, e dos professores jamais esquecerei, porque naquele tempo o professor podia bater, beliscar, castigar e até puxar na orelha. Eram muito rigorosos, ao contrário de hoje.
Na adolescência, só podíamos sair de casa sozinhos se tivéssemos quinze anos ou mais. Nossa diversão era o boliche , o Brotolândia e as festas de igreja.
Nas festas eram mulheres de um lado e homens de outro. Quando era música agitada, todos dançavam separados, porém quando era lenta, quem não arrumava parceiro corria para o banheiro para não passar vergonha.
Em relação ao namoro, meus pais eram muito rigorosos. Nas paqueras de escola, sempre ganhávamos sabonetes e bolachas de mel. Não sei se me achavam suja ou se gostavam mesmo de mim.
As coisas mudaram muito, os filhos sempre respeitavam os pais. Nas festas em que íamos havia bem pouca bebida alcoólica.
No Rio Maina tinha só a rua principal, a igreja, a escola, algumas casas e muitos eucaliptos. Carro naquele tempo só tinha quem era rico. Andávamos sempre de carroça e ônibus que chamávamos de “Pingüim”. Andávamos de “Pingüim” só para ir ao centro da cidade. As compras eram feitas na venda, não tinha muita higiene, mas era o único lugar para se comprar.
No meu tempo já tinha energia elétrica e foi o máximo quando em 1969, eu com apenas 9 anos, e meu vizinho comprou a primeira tevê. Lá em casa só tinha o ferro elétrico e um liquidificador.
Bons tempos aqueles que até hoje marcam a minha história.



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